Folha N.º 79
Sessão de 30/09/2010
Acta da Assembleia Municipal de Cantanhede N.º 04/2010 ACTA N.º 04/2010
------ Acta da sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Cantanhede, realizada
no dia 30 de Setembro de 2010 ------------------------------------------------------------------------
------ Aos 30 dias do mês de Setembro de 2010, pelas 15 horas e 10 minutos, no
Salão Nobre dos Paços do Concelho, reuniu a Assembleia Municipal em Sessão
Pública Ordinária, com a seguinte Ordem de Trabalhos: --------------------------------------
1 - Apreciação de uma informação do Sr. Presidente da Câmara; ------------------------ 2 – Apreciação, discussão e votação da Segunda Revisão ao Orçamento e às
Grandes Opções do Plano do Município de Cantanhede para o ano de 2010; ----------
3 - Apreciação, discussão e votação do aditamento ao Contrato de Locação
Financeira Imobiliária, celebrado em 26/05/2008 entre o Município de Cantanhede e
a Caixa Leasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A., respeitante ao
Parque Desportivo de Febres; ------------------------------------------------------------------------
4 – Apreciação, discussão e votação da 1.ª alteração ao Mapa de Pessoal do
Município de Cantanhede para o ano de 2010; --------------------------------------------------
5 – Apreciação, discussão e votação do Programa de Concurso e Caderno de
Encargos respeitantes à abertura de Concurso Público para “Concessão da
Exploração do Parque de Campismo Municipal da Praia da Tocha, Mini-Mercado e
Restauração / Bar anexos”; ----------------------------------------------------------------------------
6 – Apreciação, discussão e votação das condições da alienação através de hasta
pública do lote 13 do loteamento BIOCANT (Alvará n.º 9/2002) – 4.º Aditamento)
para construção de creche e jardim de infância; -------------------------------------------------
7 – Apreciação, discussão e votação da proposta de correcção da via pública no
lugar de Barracão, freguesia de Febres, com a consequente desafectação do
domínio público municipal. -----------------------------------------------------------------------------
8 – Eleição dos membros da Assembleia Municipal para integrar a Assembleia
Intermunicipal do Baixo Mondego, decorrente do pedido de renúncia ao cargo
apresentado pelo Dr. Jorge Catarino; ---------------------------------------------------------------
------- Iniciada a sessão, o Sr. Presidente da Assembleia conferiu com a Mesa as
presenças, ausências e substituições operadas, que foram as seguintes: ---------------
------ Pedidos de substituição do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de
Cadima, pelo Secretário, Sr. Dr. Carlos Manuel de Oliveira Gregório, e do Senhor
Presidente da Junta de Freguesia de Sanguinheira, pelo seu Secretário Sr. Carlos
Manuel Marto de Oliveira, conforme documentos apresentados. Justificação da falta
do Senhor Presidente da Junta de Freguesia da Tocha, da Senhora Presidente da
Junta de Freguesia de Portunhos e também dos Srs., Dr. Pedro Alexandre da Cruz
Bento e da Sra. Engª. Lenia Catarina Rato Monteiro, por motivos profissionais,
conforme documentos apresentados. ---------------------------------------------------------------
------ Presença dos restantes membros da Assembleia Municipal, tendo alguns
entrado no decurso da reunião. -----------------------------------------------------------------------
------- De seguida, foi presente a acta nº. 3/2010 da sessão da Assembleia Municipal
de 29 de Junho, que posta à votação, foi aprovada por unanimidade. --------------------
------- O Sr. Presidente da Assembleia deu conhecimento do expediente chegado à
Mesa da Assembleia, no período de 30 de Junho a 30 de Setembro, informando que
o mesmo se encontra disponível, a exemplo do que é hábito, para consulta de
qualquer membro da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------
------- De seguida o Sr. Presidente da Assembleia informou que se encontrava na
sala a Senhora Dra. Rosa de Oliveira da Comissão para a Cidadania e Igualdade de
Género, e se todos os membros concordassem, concederia o tempo de 1 hora antes
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Sessão de 30/09/2010
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da Ordem do Dia para que a representante pudesse fazer a apresentação do tema,
à qual todos concordaram. -----------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, que passou a palavra ao Sr.
Dr. Pedro Cardoso, começando por fazer um pequeno intróito sobre a temática
*Igualdade entre homens e mulheres*, felicitando a Assembleia por ter acolhido a
representante da Comissão, salientando o trabalho notável que tem sido
desenvolvido por várias organizações em tratados, efemérides, e colóquios
internacionais, no combate à desigualdade, à pobreza e à exclusão social. Referiu
também, de uma forma transversal, as várias áreas em que o Município de
Cantanhede, dentro de um plano estratégico, se tem distinguido e é reconhecido a
nível nacional como exemplo de boas práticas, ao nível da educação, da cultura e do
desporto, medidas essas promotoras da igualdade e da solidariedade. ------------------
------- Foi dada a palavra à Senhora Dra. Rosa Oliveira, que começou por
cumprimentar todos os membros e felicitar o Município de Cantanhede, pelo óptimo
trabalho que tem desenvolvido na área social, bem como pela adesão à “Carrinha da
Diversidade”, que irá estar em Cantanhede, a partir de 18 de Outubro próximo.
Seguidamente fez apresentação do tema em slides, com o respectivo
desenvolvimento sobre vários capítulos no campo de acção da Comissão, como
sejam: - Supervisão do eixo no âmbito das discriminações múltiplas, reforço do
quadro de referência estratégica, apoio a planos nacionais em municípios e em
entidades não-governamentais. Referiu ainda que a “Carrinha da Diversidade”
pretende sensibilizar os cidadãos contra a discriminação em áreas como a
deficiência, etnia, género, raça, orientação sexual, religião ou crença. --------------------
------- De seguida foi dada a palavra à D. Armanda Gavião, que enalteceu a
apresentação da Dra. Rosa Oliveira e sublinhou que se revia nas suas palavras,
estando de acordo com tudo o que havia sido dito. ---------------------------------------------
------- De seguida O Sr. Presidente da Assembleia deu início ao período Antes da
Ordem do Dia, não havendo qualquer intervenção. ---------------------------------------------
1 - Apreciação de uma informação do Sr. Presidente da Câmara; ------------------------
------- Não houve qualquer intervenção. ------------------------------------------------------------
2 – Apreciação, discussão e votação da Segunda Revisão ao Orçamento e às
Grandes Opções do Plano do Município de Cantanhede para o ano de 2010; ----------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, informou que iria passar a
palavra à Sra. Vice - Presidente, Dra. Maria Helena Teodósio. ------------------------------
------- A Sra. Vice – Presidente da Câmara, iniciou a apresentação do documento
com as explicações necessárias, informando que a 2ª. Revisão ao Orçamento e às
Grandes Opções do Plano do Município de Cantanhede para o ano de 2010,
importava na receita na importância de 12.500,00 € (doze mil e quinhentos euros) e
na despesa na importância de 142.177,00 € (cento e quarenta e dois mil cento e
setenta e sete euros). Salientou ainda que esta Revisão tinha haver essencialmente
com a introdução de rubricas novas e que a nível da despesa a mais delicada tinha
haver com a cativação de uma verba para a ADSE em conjugação com o SNS, por
imposição legal, para fazer face aos pagamentos das facturas apresentadas por este
organismo, relativas às despesas de saúde dos funcionários e que são suportadas
pelo Município. --------------------------------------------------------------------------------------------
------- De seguida foi dada a palavra à Sra. Dra. Dulce Santos, que começou por
questionar que não tinha percebido muito bem essa retenção, e o que era uma RO.
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------- Tomando a palavra a Sra. Vice – Presidente, começou por referir que quando
os funcionários se dirigem aos mais variados Serviços de Saúde pagam uma
comparticipação, e que o valor restante é pago pelo SNS em dualidade com a ADSE
a qual enviará a factura (RO) à Câmara para pagamento. ------------------------------------
------- Interveio a Dra. Dulce Santos, questionando o Sr. Presidente da Câmara, no
sentido de saber que, sendo manifestação do Governo a redução da despesa
pública quais as medidas que a Câmara estava a tomar para restringir também essa
despesa. ----------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que, começou por responder
que estava a guardar esse tema para mais tarde, no entanto referiu que o Executivo
Camarário já havia começado a tomar medidas conjunturais, que iriam ter reflexo na
redução das despesas correntes em 2010, e que se prendia com um trabalho
exaustivo que se estava a realizar sobre as necessidades de pessoal. -------------------
------- Interveio de seguida o Sr. Dr. Carlos Ordens informando que gostaria de pegar
neste assunto para emitir uma opinião sobre as dificuldades do SNS e que no
panorama nacional não era só o Município de Cantanhede que está a ser afectado
mas sim o País inteiro. Aproveitou também para questionar a Sra. Vice – Presidente
no sentido de informar a Assembleia, do ponto de situação do funcionamento do
Centro Educativo de Ançã e das dificuldades que estava atravessar. ---------------------
------- Tomando a palavra a Sra. Vice – Presidente começou por informar de que,
relativamente à construção, a obra estava concluída, faltando alguns arranjos
exteriores, quanto ao equipamento já havia sido feita a abertura do concurso público.
No que se referia ao ponto de vista pedagógico preferia que fosse o Sr. Vereador da
Educação Dr. Pedro Cardoso, a falar. --------------------------------------------------------------
------- Pedindo a palavra o Sr. Dr. Pedro Cardoso começou por referir que existiam
um conjunto de variáveis que tinham de ser ponderadas e discutidas com o Sr.
Director Regional de Educação e o Agrupamento de Escolas, como por exemplo a
falta de recursos humanos, que num investimento novo, não se encontram
devidamente acautelados. -----------------------------------------------------------------------------
------- Pediu para intervir o Sr. Dr. Carlos Ordens salientando que a taxa moderadora
é irrelevante para o SNS pois representa menos de 0,5% da receita e que neste
momento o SNS tem um défice de facturação de quase 1 milhão de euros. -------------
------- Tomou de seguida a palavra o Sr. Eng. Rogério Marques, referindo que da
análise que havia feito à Revisão ao Orçamento, verificou que as diminuições se
reflectiam através do corte nas despesas de pessoal de várias divisões, o que
demonstrava que a gestão estava a ser efectuada de acordo com a política de
contenção de despesas expressada pelo Governo. --------------------------------------------
------- Da parte da Sra. Vice – Presidente foi aproveitado o momento para informar os
presentes de que o Orçamento era um documento previsional, e quando da sua
elaboração o Mapa de Pessoal tinha de ser anexado ao Orçamento, prevendo os
postos de trabalho a criar e a extinguir, pelo que em 2010 havia sido feita uma
projecção por excesso e dado que neste momento as Autarquias estavam impedidas
de efectuar qualquer contrato a termo certo ou indeterminado conforme Resolução
do Conselho de Ministros, decidiram ratear algumas rubricas dentro das despesas
com pessoal. ----------------------------------------------------------------------------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação da Segunda Revisão ao Orçamento e
às Grandes Opções do Plano do Município de Cantanhede para o ano de 2010, foi a
mesma aprovada por maioria, com 29 votos a favor e 6 abstenções. ---------------------
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Acta da Assembleia Municipal de Cantanhede N.º 04/2010 3 - Apreciação, discussão e votação do aditamento ao Contrato de Locação
Financeira Imobiliária, celebrado em 26/05/2008 entre o Município de Cantanhede e
a Caixa Leasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A., respeitante ao
Parque Desportivo de Febres; ------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara, informando que este
aditamento ao contrato inicial de Locação Financeira Imobiliária se prendia com
alguns atrasos que houve nas obras do Parque Desportivo de Febres, e que isso
implicaria com a Caixa Geral de Depósitos uma renegociação de algumas cláusulas
do contrato; - O prazo de duração do contrato para 218 meses, ocorrendo o seu
termo em 01/07/2026 e o prazo de construção deveria ser prorrogado para
30/06/2011. Mais informou que o atraso da obra tinha haver com uma situação que
não tem sido pacífica, dado que a Câmara entende que o número de balneários
exigido pelo Instituto do Desporto de Portugal é excessivo, pois o entendimento do
Município e suportado pelo parecer da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) é
de não ser necessário haver seis balneários para que se possa praticar atletismo
naquele parque, mas sim três ou quatro. Disse ainda que até ao momento, a
Câmara não conseguiu demover ou alterar o Regulamento do IDP., e resolveram
avançar com a obra, mesmo não tendo o apoio em termos de homologação do
complexo desportivo para a prática de atletismo em competições federadas. Disse
também que conseguiu falar com o Senhor Secretário de Estado do Desporto e que
acreditava que ele podia resolver esta questão, até numa perspectiva de economia
de recursos que nesta altura seria bem precisa. -------------------------------------------------
------- De seguida foi dada a palavra à Dra. Dulce Santos, que começou por referir
que tinha ouvido as explicações, que tinha havido concursos, que o projecto teria
seis balneários, e que a obra tinha começado com uma imposição pendente e sem a
questão estar resolvida, e se essa diferença de custos justificava o atraso e o
transtorno para as pessoas de Febres. -------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, disse que percebia muito
bem a sua opinião, mas que quando todo o corpo técnico da FPA estava do lado da
Câmara Municipal, haviam sido feitas algumas reuniões, e se tivesse havido uma
resposta pronta, teria sido resolvido de outra forma mais célere e o parque já estaria
concluído. --------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Por parte da Dra. Dulce Santos foi dito que tinha colocado duas questões ao
Sr. Presidente da Câmara e que não tinha obtido qualquer resposta, pois gostaria de
saber quantos balneários estavam construídos na obra e qual era a estimativa do
seu custo. --------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, informou que estavam
previstos quatro balneários para a prática de futebol e para a prática de atletismo, e
que o seu custo grosso modo apontava para 400 a 500 mil euros. -------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação do aditamento ao Contrato de Locação
Financeira Imobiliária, celebrado em 26/05/2008 entre o Município de Cantanhede e
a Caixa Leasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A., respeitante ao
Parque Desportivo de Febres, foi o mesmo aprovado por maioria, com 28 votos a
favor e 6 abstenções. -----------------------------------------------------------------------------------
4 – Apreciação, discussão e votação da 1.ª alteração ao Mapa de Pessoal do
Município de Cantanhede para o ano de 2010; --------------------------------------------------
------- A Sra. Vice – Presidente da Câmara, iniciou a apresentação do documento
com as explicações necessárias, informando que esta alteração ao Mapa de
Pessoal, se devia a uma situação que decorre há cerca de 10 anos e que se prende
com a reclassificação de alguns funcionários realizada em 2001 e cujo procedimento
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foi contestado pela Inspecção-Geral da Administração Local, que apresentou queixa
ao Ministério Público, tendo seguido para o Tribunal Administrativo de Coimbra. A
Câmara Municipal recorreu para o Tribunal do Norte mas sem sucesso pois esta
instância considerou o acto nulo. De seguida a Câmara recorreu para o Supremo
mas entenderam que não havia matéria para ser analisada. Nestes pressupostos,
têm que ser criados dois lugares de assistentes operacionais para reposicionar os
funcionários no activo e anulados dois lugares de encarregados operacionais. --------
------ Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia, referiu que apesar do
despacho de reclassificação não ser dele, como ex. – Presidente assume todas as
responsabilidades, e que considerava a medida imposta pelo Tribunal Administrativo
de Coimbra como injusta, pois esse acto foi feito apoiado num parecer jurídico
elaborado pelo, à data, Director de Departamento com formação jurídica, e teve
como objectivo atribuir a categoria de encarregado a assistentes operacionais que já
desempenhavam essas funções havia mais de um ano, e outros há vários anos, e
cujos requisitos se encontravam preenchidos. ---------------------------------------------------
------- Interveio de seguida a Sra. Dra. Dulce Santos que, começou por referir que: -
Um parecer não passa disso mesmo, ouve um erro que não devia ter acontecido e o
que importa esclarecer é que estamos perante um acto nulo. Assim sendo estamos
perante duas situações distintas, uma a alteração do Mapa de Pessoal e outra a
reposição de salários indevidamente recebidos por parte dos trabalhadores que são
os únicos sem qualquer culpabilidade. -------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia começou por referir que só
havia um responsável político, mas que, do ponto de vista factual, encontravam-se
naquela sala, pessoas que já haviam sido vereadores, e que despacha-se em cima
de pareceres técnico - jurídicos, não sendo a responsabilidade de quem subscreve,
mas sim de quem faz a informação. -----------------------------------------------------------------
------- Interveio de seguida a Sra. Dra. Dulce Santos dizendo que, ninguém discute
que a decisão havia sido tomada com base nesse parecer, e que não tiveram os
cuidados exigidos, no entanto a sentença era oponível, e neste momento teriam de
resolver a questão. ---------------------------------------------------------------------------------------
------- Foi de seguida dada a palavra ao Sr. Eng. Rogério Marques que, começou por
referir que tinha havido um erro, e que se estava a fazer a devida correcção, mas
entendia que estes trabalhadores não deviam ser lesados e que não deveria haver
lugar à restituição das verbas recebidas. ----------------------------------------------------------
------- Da parte do Sr. Presidente da Assembleia foi referido que não acreditava que
os trabalhadores fossem lesados, e que esses funcionários mereciam ser
reclassificados, que existe jurisprudência sobre essa matéria, mas que a decisão do
Tribunal foi considerar o acto nulo. ------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Dr. Carlos Ordens que começou por afirmar que esta
questão era delicadíssima, quer exista jurisprudência ou não, pois tratava-se de um
acto nulo e como tal não produzia efeito, mas ficava uma dúvida pois não sabiam de
quem era a culpa, no entanto pensava que os trabalhadores não deveriam efectuar
qualquer pagamento. ------------------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada novamente a palavra a Sra. Vice – Presidente, para responder às
questões suscitadas, começando por informar de que a Câmara nunca tinha sido
ouvida no processo e o que o Tribunal Administrativo considerou que o lugar de
encarregado era um lugar de chefia e como tal o seu acesso não podia ser feito
através de requalificação profissional, mas através da abertura de concurso público.
Disse ainda que a grande preocupação do Executivo Camarário eram as
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consequências da reposição dos funcionários para os lugares que ocupavam há
cerca de 10 anos, mas entendiam que nenhum iria ser obrigado à reposição de
valores, uma vez que os trabalhadores exerceram de boa fé as funções de
encarregado, o problema poderia surgir com os se encontravam na situação de
aposentados, uma vez que os referidos funcionários efectuaram descontos com
base num determinado vencimento, superior ao efectuado se se tivessem mantido
na categoria anterior, no entanto ficariam aguardar a decisão do Tribunal. --------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Dr. Carlos Pessoa que, começou por dizer que
deveriam recentrar todo o discurso nos factos e deixar as consequências, pois
pensava que a nível dos funcionários aposentados a reposição não se verificaria,
porque baseado no princípio dos direitos adquiridos, eles não foram responsáveis
pelo que aconteceu. -------------------------------------------------------------------------------------
------- Pediu a palavra a Sra. Dra. Dulce Santos, que começou por dizer que houve
aqui alguma passividade, quer do advogado, quer da Câmara, no entanto a
Autarquia tinha pago a mais do que devia pelo que devia exigir a reposição. -----------
------- Interveio de seguida o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Murtede,
referindo que relativamente às questões da responsabilidade política, das
consequências e das especulações, não o preocupavam, o que o preocupava sim,
era o funcionamento da justiça portuguesa pois haviam sido precisos cerca de 10
anos para o deferimento de uma sentença, que se fosse mais célere não resultariam
tantos prejuízos para os funcionários. --------------------------------------------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação da 1.ª alteração ao Mapa de Pessoal do
Município de Cantanhede para o ano de 2010, foi a mesma aprovada por maioria,
com 32 votos a favor e 3 abstenções. --------------------------------------------------------------
5 – Apreciação, discussão e votação do Programa de Concurso e Caderno de
Encargos respeitantes à abertura de Concurso Público para “Concessão da
Exploração do Parque de Campismo Municipal da Praia da Tocha, Mini-Mercado e
Restauração / Bar anexos”, ----------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que, apresentando o assunto
em discussão, referiu que a concessão terminava em 31 de Dezembro de 2010, pelo
que a Câmara Municipal tinha de proceder à abertura de novo concurso, pelo prazo
de dois anos prorrogável por mais um. Disse ainda que na previsibilidade do Plano
de Urbanização da Praia da Tocha vir a ser aprovado previa-se a construção do
novo Parque de Campismo a norte junto à Piscicultura, e dada a conjuntura
económica actual propunha-se que o valor total a pagar fosse de 50 000 euros, para
que surgissem concorrentes. --------------------------------------------------------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação do Programa de Concurso e Caderno
de Encargos respeitantes à abertura de Concurso Público para “Concessão da
Exploração do Parque de Campismo Municipal da Praia da Tocha, Mini-Mercado e
Restauração / Bar anexos”, foi o mesmo aprovado, por unanimidade. --------------------
6 – Apreciação, discussão e votação das condições da alienação através de hasta
pública do lote 13 do loteamento BIOCANT (Alvará n.º 9/2002) – 4.º Aditamento)
para construção de creche e jardim de infância; -------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, começou por referir que
existia desde há muito tempo, uma pressão, por parte dos investigadores e
dirigentes do Biocant, no sentido de poder haver uma creche e jardim-de-infância
nas proximidades daquelas instalações, tendo havido num primeiro momento o
interesse manifestado por duas entidades. Disse ainda que, apesar daquela zona e
de harmonia com o Regulamento ter como fim área industrial e serviços
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complementares, este assunto tinha sido levado a reunião de Câmara, colheu
unanimidade e houve consenso, pois permite a construção de 1500 m2 e porque
existem duas entidades interessadas em abrir um estabelecimento deste tipo, a
Câmara iria promover uma hasta pública, onde seriam convocados por escrito todos
os infantários/creches do concelho, públicas e privadas, observando a lei e o preço
de 20,00 € o m2, pelo que a base do concurso seria de 60.000,00 € ao que
correspondia uma área total de 3 000 m2. --------------------------------------------------------
------- Pediu a palavra o Sr. Eng. Rogério Marques, que começou por questionar o
preço de 20,00 € o m2 e se conceptualmente era muito frequente encontrar noutros
municípios ou noutros países, creches e jardins-de-infância dentro das Zonas
Industriais. --------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Interveio de seguida a Sra. Dra. Dulce Santos, perguntando se as entidades
interessadas na construção eram públicas ou privadas e se possível a sua
identificação. Relativamente à hasta pública, tinha-lhe surgido uma dúvida que
gostaria de ver esclarecida e que se referia ao nº. 1 e 2 do Artigo 11º., pois entendia
que a Câmara estava a deixar aqui uma abertura demasiado grande para a hasta
pública. ------------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, começou por responder que
a situação estaria protegida pois a utilização do lote somente teria um fim, e no
pressuposto de que no processo de construção a empresa entrasse em falência,
seria a Câmara a ter a última decisão. Disse ainda que quanto à expressão do Eng.
Rogério, ele não olharia para aquela zona como sendo apenas industrial, mas antes
como um parque de Ciência e Tecnologia onde faz sentido esse tipo de serviços,
pois cá, como lá fora, já existiam zonas destas que se designavam *Campus
Universitários*, com residências de estudantes e também instalações deste género.
Referiu ainda que naquele Parque de Tecnologia trabalhavam actualmente cerca de
150 pessoas, mas com o Centro de Neurociência em funcionamento teríamos 250 a
350 pessoas a trabalhar no dia-a-dia. Informou que o Biocant iria ser visitado por
investigadores estrangeiros e por professores, começando haver já, um sinal, de que
naquela proximidade e dada a harmonia de espaço, pudesse haver uma pequena
residência para investigadores, e a necessidade que teríamos de criar condições e
dinâmica, para fixar esses residentes, pois neste conjunto de serviços, 90% das
pessoas têm entre 28 e 35 anos de idade, e filhos de tenra idade. Quanto ao preço
m2 ele foi calculado tendo por base o Regulamento e uma estimativa do volume de
investimento e dos postos de trabalho criados. --------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia, referiu que faz todo o
sentido a construção de uma Creche e Jardim de Infância naquele local, pois o
nosso conceito de parques industriais está “démodé”. Referiu ainda que se
visitássemos o Norte da Europa, encontraríamos uma série de serviços, como
sejam; parques de lazer, parques de bombeiros, empresas de segurança,
restauração, creches, jardins-de-infância, lojas rápidas de conveniência, etc., ---------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara, adiantou que no Parque
Tecnológico existe um Restaurante – Refeitório, que se encontra aberto ao público,
tendo verificado que o mesmo é frequentado por trabalhadores das indústrias
circundantes. ----------------------------------------------------------------------------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação das condições da alienação através de
hasta pública do lote 13 do loteamento BIOCANT (Alvará n.º 9/2002) – 4.º
Aditamento) para construção de Creche e Jardim de Infância, foi a mesma aprovada,
por unanimidade. -----------------------------------------------------------------------------------------
Folha N.º 86
Sessão de 30/09/2010
Acta da Assembleia Municipal de Cantanhede N.º 04/2010 7 – Apreciação, discussão e votação da proposta de correcção da via pública no
lugar de Barracão, freguesia de Febres, com a consequente desafectação do
domínio público municipal. -----------------------------------------------------------------------------
------- Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que, apresentando o assunto
em discussão, referiu que se tratava de autorizar o proprietário Sr. Manuel Augusto
Miranda Escrivão a efectuar a correcção do traçado de um caminho público, na
localidade de Barracão, anexando 178 m2 da área a desafectar do domínio público e
a cedência de área igual do domínio privado, sem qualquer encargo para a Câmara
Municipal e recolhendo a unanimidade de todas as pessoas bem como da Junta de
Freguesia de Febres. ------------------------------------------------------------------------------------
------- Após apreciação, discussão e votação da proposta de correcção da via pública
no lugar de Barracão, freguesia de Febres, com a consequente desafectação do
domínio público municipal, foi a mesma aprovada, por unanimidade. ---------------------
8 – Eleição dos membros da Assembleia Municipal para integrar a Assembleia
Intermunicipal do Baixo Mondego, decorrente do pedido de renúncia ao cargo
apresentado pelo Dr. Jorge Catarino; ---------------------------------------------------------------
------- O Sr. Presidente da Assembleia Municipal começou por pedir autorização ao
Sr. Presidente da Câmara, para dar uma explicação aos membros da Assembleia
Municipal, informando que por motivos da sua vida pessoal e profissional o obrigava
a longas e frequentes ausências no estrangeiro, pelo que o tem impossibilitado de
estar presente nas Assembleias Gerais da C. I. do Baixo Mondego, mas que
também considerava uma perda de tempo, a sua participação e que já tinha em seu
poder uma proposta do PSD com os novos elementos para ser apresentada a
sufrágio designada por a Lista A. --------------------------------------------------------------------
------- Pediu a palavra o Sr. Dr. Carlos Ordens começando por dizer que estava
solidário com quem para lá for, questionando o Sr. Presidente da Assembleia,
porque entendia que era uma perda de tempo. --------------------------------------------------
------- Interveio de seguida o Sr. Presidente da Assembleia que, respondendo à
questão formulada, já tinha dedicado à causa pública dezasseis anos da sua vida, e
que quando sentia que naquelas reuniões não valia nada, e se estava a fazer de
conta, achava que a sua participação naquela Assembleia era, do seu ponto de
vista, uma perda de tempo. ----------------------------------------------------------------------------
------- Pediu a palavra a Sra. Dra. Dulce Santos que questionou o Sr. Presidente da
Assembleia, dizendo que tinha percebido pela carta que havia enviado que, para ele
era uma perda de tempo, e para esta Assembleia e para a Câmara era ou não uma
perda de tempo estar lá representada. -------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia, disse que a sua opinião
pessoal estava dada, no entanto na instituição a que presidia, somente estava a
fazer cumprir o que se encontrava instituído. -----------------------------------------------------
------- Pediu a palavra a Sra. Dra. Dulce Santos para voltar a questionar o Sr.
Presidente da Assembleia Municipal, no sentido de a esclarecer se nos termo do
Artigo 11º da Lei 45/2008 a representatividade da Autarquia na Assembleia
Intermunicipal era uma imposição legal, uma obrigatoriedade ou uma faculdade. -----
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia começou por informar de
que era uma obrigatoriedade, pois existia uma escritura pública entre vários
Municípios da região que tinham a sua Direcção, Assembleia Geral e Conselho
Fiscal, onde o Município de Cantanhede tinha o seu assento, no entanto havia uma
peça que quis saltar fora. ------------------------------------------------------------------------------
Folha N.º 87
Sessão de 30/09/2010
Acta da Assembleia Municipal de Cantanhede N.º 04/2010
------- Pediu a palavra o Sr. Prof. Armindo Grilo começando por dizer que era um dos
elementos que representava aquela Assembleia, que tinha estado em todas as
reuniões, mas que ainda não tinha visto qualquer utilidade, no entanto no final do
mandato irão fazer uma reunião para verificar se valia a pena ou não. -------------------
------- Interveio de seguida a Dra. Dulce Santos, dizendo que efectivamente o Sr.
Prof. Armindo Grilo, lhe havia respondido aquilo que ela queria. ---------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Assembleia, começou por referir que
aquela Associação geria muito dinheiro, no entanto falava da sua situação pessoal e
profissional, e que era o entendimento que tinha para si a participação naquela
Assembleia. ------------------------------------------------------------------------------------------------
------- De seguida interveio o Sr. Manuel Teixeira, dizendo que era a primeira vez que
iria participar nesta Assembleia, qual era a sua função e se seriam mesmo obrigados
a participar. ------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Tomando a palavra o Sr. Presidente da Câmara começou por dizer que
gostaria de recordar, por força da legislação em vigor, que instituiu o QREN –
Quadro de Referencia Estratégica Nacional, todos os Municípios estavam obrigados
a organizar-se e para isso existia a C.I.M. Baixo Mondego que era um órgão de
gestão e uma Assembleia, onde tinham assento determinados Municípios, pelo que
esperava que os cinco elementos que fossem eleitos, quando estivessem nessa
Assembleia, procurassem defender os superiores interesses da região e do
concelho. ---------------------------------------------------------------------------------------------------
------- Foi apresentada uma proposta pelo PSD, indicando o Sr. Manuel Madeira
Teixeira, para substituir o Senhor Dr. Jorge Manuel Catarino dos Santos, mantendo-
se inalterados os restantes representantes do PS e do PSD, Prof. Abel Carapeto,
Sra. Armanda Gavião, Prof. Armindo Grilo e Dra. Laura Costa. -----------------------------
------- Após a Eleição dos membros da Assembleia Municipal para integrar a
Assembleia Intermunicipal do Baixo Mondego, decorrente do pedido de renúncia ao
cargo apresentado pelo Dr. Jorge Catarino, a mesma foi aprovada por escrutínio
secreto e por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------
------- Por fim, por parte da bancada do Partido Social Democrata foi apresentada
uma proposta para que todos os assuntos apreciados nesta sessão fossem
aprovados em minuta para efeitos imediatos. Esta proposta, após votação, foi
aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------
------ Finalmente, sendo 18 horas, o Senhor Presidente da Assembleia deu a
sessão por encerrada, da qual se lavrou a presente acta para constar, que depois de
lida e achada conforme, vai ser assinada pelos membros da Mesa. ------------------------
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